quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Cuspa fora.


Deixe de remoer o já morto, procurando na chuva o sol de dezembro.
Na bucha de veneno em suas amídalas inflamadas, pulsa rancor. Escorre pela boca palavras azedas.
Desista de construir seu abismo, calcular o tamanho do tombo.
Anestesiado de dor, não percebes que os detalhes fazem diferença.
O espeto do arrependimento cutuca seu peito pequeno, mas não deixa de bombear.
Sangue, sangue, puro sangue, vivo e morto.
Perdes a chance de ver o claro do dia, a cor do universo visual.
Maligno eu interior que o perturba, não tenha medo, é você em si mesmo. Cuspa-te fora!

Um comentário:

  1. Na bucha de veneno em suas amídalas inflamadas, pulsa rancor.
    adoreii

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