segunda-feira, 4 de julho de 2011

Relato natural.

Beije-me com gosto de terra mastigando meu pescoço de bergamota.
Um gomo, um suspiro, um grão, um nascer, um broto, um filho.
Imunde meu joelho de pedra com água cristalina protegida pelas mãos de galhos, unhas de espinhos.
Berço nativo, um peixe colorido, um pincel alternativo.
Entre os seios famintos escorre ceiva de amamentar.
Neve de algodão adocicado, doce de abelha laranja nutrida.
Com menta na saliva, não é mentira que a joaninha amarelada comeu a Margarida.
A vela no vinho amargo na garganta da cascata descabelada no desenvolver do ciclo.
A gosma da lesma gruda o retrato do relato relembrado do rebanho de lembranças.
Sinto os raios noturnos que iluminam o vaga-lume; lua.
Durmo no relento, pois por dentro o massacre de mão globalizada não sobrou nada.

domingo, 3 de julho de 2011

DISCURSO ECOLÓGICO ? cuidado...

Nos dias que correm, é quase uma heresia questionar o senso comum ecologista que se impregnou nos discursos de praticamente todos os segmentos sociais e em todo o espectro ideológico: da direita a esquerda, todos se manifestam piedosos defensores do meio ambiente e se escandalizam com as sacolinhas de plástico, para não falar do sempre aludido aquecimento global causado pele efeito estufa.
O discurso ecológico nasceu nos Estados Unidos em meados do século XIX, na mesma época em que as tribos indígenas nativas eram sistematicamente massacradas e eram criados os primeiros parques nacionais do mundo. Será mera coincidência? Os primeiros ecologistas se filiavam a uma corrente que defendia radicalmente a "natureza" e denunciava  o papel dos seres humanos com relação a ela, depreciando-os.
É que nos estudos sociólogos vem designado como " ecologia profunda". Instaura-se uma ética biocêntrica que considera que o florescimento da humanidade entrava o das outras espécies. Assim, Paul W. Taylor afirma que "em certas situações, é até mais grave matar uma planta selvagem do que matar um homem".
O mesmo autor considera que " o desaparecimento completo da raça humana não seria uma catástrofe moral, mas antes um evento que o resto da comunidade viva aplaudiria com entusiasmo." Fofo não?
A recente polêmica em torno dos cientistas do IPCC, o painel internacional sobre o clima, que teriam falseado dados para tornar mais dramático os seus relatórios, se inscreve nessa história.
A Terra já passou por diversas alterações climáticas e até agora as conjeturas sobre a gravidade do atual aquecimento não tiveram comprovação cientifica séria.
Os discursos ecologistas atuais são todos de matriz neoliberal.
Em nenhum momento se questiona o modelo capitalista de consumismo doentio. A própria noção de "desenvolvimento sustentável" se filia a esse espírito. Não tem mais lugar no mundo para desenvolvimento:
Não precisamos de carros mais sofisticados, de celulares capazes de mais coisas, de computadores mais rápidos, de televisores que fazem quase tudo sozinhos.
Mas o modelo de desenvolvimento que impera hoje é o do consumo:
Um telefone celular pode durar dez anos, mas somos bombardeados pelas operadoras para trocar a cada seis meses, se não menos.
E dá-lhe quinquilharia no lixo.
Pessoas que se comovem com a caça ás baleias ou com os pandas que morreram no terremoto da China, mas que não exibem a mesma compaixão pelos adolescentes das comunidades pobres do Brasil que têm uma expectativa de vida de 17 anos, vítimas de um genocídio praticada pelos traficantes e por seus aliados, os policiais corruptos. Cientistas sociais alertam para o "terrorismo verde" praticado por entidades como Greenpeace e WWF.
O catastrofismo é moeda corrente na mídia, a principal difusora (para variar) de ideias distorcidas e sem fundamento sólido na pesquisa científica, como a de um "equilíbrio ecológico" que nunca existiu e contradiz a própria noção de ecologia, ou de uma " natureza virgem" que a arqueologia desmente todos os dias.

sábado, 2 de julho de 2011

IEMANJÁ É CONTRA O PRÉ-SAL.

O mar virou capital. O mar está sendo destruído pelo capitalismo. O mar é do capitalismo. Tirar petróleo do fundo do mar é uma temeridade, cujo efeito ANTIECOLÓGICO não é diferente da usina nuclear em Angra dos Reis.
Razão tinha o poeta venezuelano Ludovico Silva: o petróleo é o excremento do diabo.
Luís da Câmara Cacudo: A posse da lua não é nada perto de um prato de feijoada.
O que vai trazer de progresso e de empregos para o povo brasileiro a extração de petróleo no oceano???
ATENÇÃO: não há tecnologia infalível. E se der defeito na tubulação?? O mar da América Latina vai virar VENENO.
A morte dos peixes. Aliás, os peixes estão tomando antibióticos. Peixes transgênicos.
A oligarquia financeira internacional tecla suas maquininhas de calcular: quantas Líbias, quantos Iraques, quantas Arábias Sauditas têm no fundo do mar de Santa Catarina??????
Buscar petróleo no fundo do mar é ir em busca do efêmero e do transitório. O petróleo acaba, enquanto a ENERGIA VEGETAL é eterna e não polui. O Pré-sal está contramão da ciência.
Todos os países estão querendo rapar fora do petróleo, ainda que alguns roubem o petróleo dos outros como é o caso dos EUA.
O Pré-sal como prioridade energética é insensatez; é a irracionalidade de atuar em desacordo com a natureza dos trópicos, que se caracteriza por elevada incidência de sol e abundância de água doce com imensa quantidade de terras agricultáveis.
O Pré-sal para muita gente mostra que o petróleo é inesgotável, portanto o álcool-combustível já era.
O Pré-sal no fundo do mar pode desviar a atenção da agricultura energética,  PLANTADA E RENOVÁVEL ( cana de açúcar, mandioca, dendê, girassol), enquanto o petróleo é EXTRAÍDO e NÃO PLANTADO.
No que concerne ao suposto antagonismo entre alimento e álcool combustível, trata-se de um equévoco, pois é possível plantar simultaneamente ENERGIA E COMIDA na terra de maneira descentralizada e em pequenas propriedades.
As corporações multinacionais estão comprando vorazmente ( vide a Shell) largas extensões de terras e usinas de cana-de-açucar, não somente na América Latina, como na África e sudoeste da Ásia, ou seja, nas regiões intertropicais.
Enquanto nos atrelamos ao modelo energético anacrônico, o IMPERIALISMO na era pós-petróleo está a fim de construir pipelines de álcool e óleo vegetais para abastecerem as metrópoles. 
IEMANJÁ alerta para um oceanocídio, isto é A MORTE DO ATLÂNTICO.

CELAC, A NOSSA AMÉRICA ALÉM DA OEA, sem Estados Unidos!

Os bombardeios a Líbia e a morte de Osama Bin Laden, indícios de um novo empurrao do militarismo norte-americano com sua vocação hegemonica e unipolar planetária, induzem a refletir, uma vez mais, sobre a necessidade de impulsionar uma verdadeira multipolaridade mundial, que não seja meramente declarativa.
Será decisivo, neste contexto, o protagonismo progressivo dos “ Estados Continentais Industriais”. China, índia ou Rússia -, como os chamou o pensador uruguaio Alberto Methol Ferré.
Para nós, latino-americanos, a possibilidade certa de participar no esforço por criar uma multipolaridade real, que ao mesmo tempo permita ser livres e soberanos, depende da capacidade de realizar a unidade de nossos povos indo-afro-latino-americanos como Pátria Grande.
Coincidindo com o bicentenário da declaração de independência da Venezuela, e em meio a múltiplas comemorações dos 200 anos do movimento revolucionário na América Latina, 32 chefes de Estado e de Governo criarão, no próximo dia 5 de julho, em Caracas, a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos.
A organização se propõe subtituir ao Grupo do Rio e incorporar os países da Comunidade do Caribe (Caricom).
Durante os últimos dois anos, o BR impulsionou decisivamente, através de Lula, o nascimento deste novo organosmo integrador, que nãp inclui Estados Unidos e Canadá, como um novo intento de desenvolver uma política autônoma em relação à potência norte-americana.
Se a experiência tiver êxito, marcará um giro na política predominantemente “ SULAMERICANISTA” do Brasil com respeito a região, que teve suas expressões principais no Mercosul e na Unasul.
Agora se trata de abarcar o Caribe no conjunto da América Latina e, por consequência, marcar posição na zona, centro-americana e caribenha junto ao México, zona em que a influência imperativa dos Estados Unidos tem dominado desde o século XIX. Ali era o núcleo do “ quintal dos fundos”.
Arecente frustração ante o golpe de Estado em Honduras que derrubou Zelaya, e a incapacidade da OEA para responder ao desafio, provavelmente contribuiu para o impulso criador da CELAC.
É justamente Honduras, devido ao golpe, o único país latino-americano que não participa dos preparativos fundacionais da nova Comunidade.
UNAUL E CELAC
Em escala sul-americana, o processo integrador é complexo e deve contemplar os delicados equilíbrios entre os países que não têm Tratados de Livre Comércio com o EUA, como os membros da ALBA e do Mercosul, e os que têm TLCs com os EUA, como o Chile e o Peru. A proliferação de tratados bilaterais econômicos e militares é a resposta norte-americana ao fracasso ALCA, porém um grupo importante de países sul-americanos resiste à multiplicação de novas bases militares
como as intaladas na Colômbia.
O conselho de Defesa SUL-americana da Unasul, proposto por Lula criado em dezembro de 2008, representa o mais audaz projeto de autonomia em nossa região frente ao MILITARISMO unilateral norte-americano.
Muito se deve avançar ainda, tanto a Unasul como no Conselho de Defesa Su-lamericano, e mais genericamente na unidade econômica regional; sem embargo, deve existir no horizonte compartilhado de nossos povos uma organização como a projetada Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos que fortaleça nossa identidade CULTURAL, POLÍTICA E ECONÔMICA comum ante a globalização.
Não são contraditórios os esforços integradores do Mercosul, da Unasul e do Conselho de Defesa Sulamericano como os da CELAC. Se se atua com sabedoria, a CELAC poderá fortalecer a Unasul; e, a Unasul, a CELAC.
Enquanto a América Central e o Caribe junto com o México seguirão sendo estrategicamente decisivos para os Estados Unidos, e em consequência constituirão provavelmente uma espécie de zona de fronteira entre Nossa América e a potência hegemônica norte-americana, em troca a América do Sul é e será o núcleo básico da unidade latino-americana.
É imperativo harmonizar as necessidades e desafios do nosso núcleo político e nossa fronteira, da América do Sul, por um lado, e do conjunto da América Latina e Caribe, por outro. Os ritmos de avanço na integração e unidade não poderão, provavelmente, ser os mesmos em nosso núcleo e em nossa fronteira, porém nem o núcleo deve se desentender com o destino de sua fronteira, nem a fronteira deve se desentender com o destino de seu núcleo, já que depende nossa capacidade de sobrevivência.
NAÇÃO LATINO-AMERICANA
O presidente uruguaio José Mujica disse: “Criamos muitos países, porque fracassamos na fundação de uma nação. Ali estavam os sonhos de Bolíviar, as cartas de San Martin, a visão federal de nosso Artigas”. Parafraseava o pensador ArgentinoJorge Abelardo Ramos, que escreveu em seu livro “ Revolución y contrarrevolución em Argentina: “Somo um paísm porque não pudemos intefrar uma nação e fomos argentinos porque fracassamos em ser latino-americanos”. Essas palavras valem para cada um dos países da Nossa América, para cada fragmento da Nação latino-americana inconclusa.
O Brasil, devido a suas dimensões, tem uma responsabilidade especial nas tarefas pendentes da construção da PÁTRIA GRANDE. Ao mesmo tempo, e também como consequência de suas dimensões maiores que as dos nossos demais países, é o Brasil quem mais se expõe à ilusão de sua grandeza autossuficiente, sem compreender que isolado de seus vizinhos será inexoravelmente dominado pela potência norte-americana.
As experiências que a avizinham como a croação da CELAC serão, junto ás já iniciadas na Unasul, provas de nossa vontade de deixar para trás canização, e fazer REALIDADE O SONHO LIBERADOR de Bolívar.

FHC - volta? só se legalizar o " CHÁ DO ESQUECIMENTO ".

Colonização dos ESTADOS UNIDOS. como era vista a maconha?
A maconha ja foi legalizada e muito utilizada no mercado... Mas vou partir para o ponto " PRECONCEITO"
EUA poderoso pais, mídia mundial... influenciou com a divulgação " contra" a erva.
A maioria das pessoas que tinha costume de fumar maconha, eram os mexicanos, negros, camponeses... Pessoas que não eram consideradas norte-americanas "elite" enfim.
Pessoas que trabalhavam em circunstâncias lamentáveis. Sem direitos, vistos como inferiores, e se tivesse pagamento de mao de obra, seria muito baixo. Fumavam para aliviar o cansaço do dia-dia. 
Com o preconceito contra a classe baixa e trabalhadora a maconha não poderia ficar de fora.
Tem o documentario explicando e entrando mais a fundo no assunto.
Infelizmente não é inteiro nem com legenda. Mas se procurar encontra com legenda :)
Uma propaganda dos EUA contra a maconha http://www.youtube.com/watch?v=s0EY0u_a7D8
Agora o COESÃO da linha do pensamento. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (PSDB - TUCANO) " partido de direita", ex-presidente do Brasil, companheiro do Serra. 
O que é um partido de direita e esquerda? Magnatas, Elite, contra reforma-agraria, contra mst, o partido dos poderosos. Partidos de direita funcionam como um carro e a gasolina sao as empresas internacionais, os grandes fazendeiros que vao a favor do NOVO CÓDIGO FLORESTAL. Que nasceram em berços de ouro ou sao simples fantoches, um politico nesse partido que nao tenha padrinho e venha de classe baixa é inacreditavel.  NEOLIBERAIS
Acompanhem o pensamento " as pessoas que fumavam maconha e sofriam com o preconceito de ser de classe baixa e trabalhadora é o povao, os magnatas sao os neoliberais que explodiram com o preconceito"
Maconha coisa de pobre! Quem divulga isso é a mídia e a mídia nao é neutra, politica e interesse sao resultados POLITICOS. POLITICA ESSA DE " DIREITA"
FHC é direita!
Mas podres encontramos em todos os lugares, ate em partidos de esquerda. Mas não sao a maioria! A ganancia estimula o esquecimento da luta pela democracia.
A luta pela democracia e direitos a liberdade se vem de ESQUERDA " por uma sociedade alternativa"
Partidos de esquerda como pt, psol, partido verde, entre outros. sao o POVAO.( MAS É CLARO QUE TEM PODRES DENTRO DESSES GOVERNOS TBM) como partido verde. Marina foi financiada por uma das MAIORES poluidoras do BR, mas é claro que não é pior que SERRA!)
Agora, a pergunta... O que o FHC quer com esse QUEBRANDO O TABU?
O humor do titulo do tópico reflete o passado que ele quer que esqueçamos.
Vamos esquecer...
das privatizações criminosas e financiadas com o dinheiro do BNDES.
dos bilhões do PROER.
da compra de votos para a reeleição.
do escândalo SIVAM/SIPAM.
do escândalo SUDAM/SUDENE.
da epidemia de dengue com 200 mil casos. " SERRA VAMPIRO DA DENGUE"
do envolvimento do Juiz Lalau com a tucanada.
da festa dos bancos Marka e FonteCindam.
da quebra do painel do Senado.
do APAGÃO.
dos bilhões do Banestado.
do escândalo dos Precatórios.
dos aposentados vagabundos.
que a dívida que saltou de US$61 para 750 BI.
da menor taxa de crescimento da história republicana.
da Caravela dos 500 anos.
do fiasco da PETROBRAX.
do Brasil ter quebrado 3 VEZES.
do Brasil capacho do FMI.
das 50 CPIs barradas.
da quase "entrega" da Base de Alcântara aos EUA.
que a SELIC já foi a mais de 30%.
que os Sanguessugas e os Vampiros da Saúde são do governo dele.
Que a corrupção nos Correios começou em 1998.

FHC liberal em termos de drogas, perdeu as eleições  para Jânio. Que por outro lado não era a favor.
Por contraste, durante o governo FHC, liberação de drogas era coisa do Gabeira.
FHC quer ter impacto em futuras eleições. Mas isso pode influir ou não no ânimo do eleitor.
Vem de cada um.

Torço para que isso não influencie na politica por *''defender"* ( bem figurado) 
Sua ideologia de partido e interesse é ao contrario da verdadeira " DEMOCRACIA".