segunda-feira, 4 de julho de 2011

Relato natural.

Beije-me com gosto de terra mastigando meu pescoço de bergamota.
Um gomo, um suspiro, um grão, um nascer, um broto, um filho.
Imunde meu joelho de pedra com água cristalina protegida pelas mãos de galhos, unhas de espinhos.
Berço nativo, um peixe colorido, um pincel alternativo.
Entre os seios famintos escorre ceiva de amamentar.
Neve de algodão adocicado, doce de abelha laranja nutrida.
Com menta na saliva, não é mentira que a joaninha amarelada comeu a Margarida.
A vela no vinho amargo na garganta da cascata descabelada no desenvolver do ciclo.
A gosma da lesma gruda o retrato do relato relembrado do rebanho de lembranças.
Sinto os raios noturnos que iluminam o vaga-lume; lua.
Durmo no relento, pois por dentro o massacre de mão globalizada não sobrou nada.

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